De nada adiantou a preocupação em criar o filho em um ambiente longe do tráfico de entorpecentes. “Não vou criar o meu filho no meio de um ambiente promíscuo”, disse aos parentes o pai de Anderson Ferraz de Souza, de 28 anos, quando fazia a mudança de São Gonçalo para São José de Imbassaí, em Maricá. Ele tinha a esperança de que o filho, que ainda era menor de idade, teria um futuro brilhante, mas acabou tendo uma enorme decepção.
Anderson foi flagrado traficando, na noite de quinta-feira, na Estrada de Ferro, localidade conhecida como Mutirão, em São José de Imbassaí, nas proximidades da casa onde mora com a mulher. “Fui preso apenas por causa de um baseado (cigarro de maconha)”, tentou argumentar Anderson, que se recupera de um acidente de moto ocorrido há menos de um ano.
Anderson foi flagrado com drogas em companhia de Rodrigo Machado de Souza, de 29 anos, deficiente físico, que foi autuado por corrupção ativa, depois de oferecer R$ 60 aos policiais. Anderson não teve o que explicar ao pai, que o retirou do bairro em que morava em São Gonçalo, onde já havia tráfico de drogas. “O pai teve a preocupação, mas deu no que deu. Quando tem ser, não tem Deus que dê jeito”, disse um parente de Anderson, que responderá por tráfico.
Prisão - Os policiais do Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) de São José de Imbassaí foram alertados que dois homens de muletas estavam traficando na localidade conhecida como Mutirão. Os PMs seguiram para o local e não tiveram dificuldades de localizar os suspeitos. Rodrigo Machado foi encontrado com uma trouxinha de maconha e disse que tinha acabado de comprar a droga com Anderson, que portava outra trouxinha da erva, dois papelotes de cocaína e uma pedra de crack.
Quando os dois homens eram encaminhados para à delegacia, Rodrigo, que estava apenas na condição de usuário e seria apresentado como testemunha, pediu para não ser levado para a DP. Ele disse aos policiais que tinha R$ 10 e que pegaria mais R$ 50 em casa para que fosse liberado. Acabou sendo autuado por suborno. De acordo com os policiais, Anderson até consegue andar sem muletas, mas preferiu utilizá-las com o intuito de passar a imagem de uma pessoa acima de qualquer suspeita no momento em que venderia drogas.
O São Gonçalo.
Na verdade o trafico de drogas nada mais é do que a ponta de um grande "Iceberg".
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